Super Castlevania IV

kaique rei dos game
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Gênero: Plataforma


Fabricante: Konami


Lançamento: 1991


Jogadores: 1 player



Desde que comecei a série "Evolução dos Games" eu tive vontade de resenhar esse jogo, afinal ele é a prova universal de que uma coisa extremamente boa pode ficar ainda melhor. Apesar de levar um 4 no nome, ele nada mais é que o remake do primeiro Castlevania lançado para Nintendinho. Porém, a Konami não se limitou a simplesmente remontar o jogo original: ao clássico, uniu-se a inovação.


Em termos de história, nada de novidades: depois de 100 anos Drácula ressuscitou e cabe ao bravo Simon Belmont mandá-lo de volta às profundezas do inferno. Porém, todo o resto foi melhorado, e muito! Vamos começar pela jogabilidade, pois convenhamos: apertar Cima+B pra usar a arma secundária era uma merda! Nada como um joystick com mais botões pra facilitar a vida da gente. Tá certo que Simon ainda dá aquele maldito pulinho pra trás quando sofre algum dano, mas isso não é demérito algum para o jogo. E ainda por cima temos as novas habilidades do Vampire Killer, o famoso chicote sagrado usado por Simon: além de permitir que o herói se pendure em argolas e se balance para alcançar lugares distantes, ele ainda pode ser girado livremente, bastando manter o botão apertado e girar o direcional. Experimente fazer isso quando estiver cercado por cabeças de medusa e você vai entender o porquê dessa novidade ser tão boa.


Nos gráficos, deram um tapa no visual de Simon, deixando-o finalmente parecendo ser gente (desculpem, mas aquele monte de merda negócio marrom que pulava pra mim não era nada parecido com um Homo Sapiens). O visual do castelo de Drácula enche os olhos de qualquer um, e mesmo os inimigos são extremamente bem trabalhados. Duvida? Experimente não ficar embasbacado com a fase onde Simon tem que andar por plataformas que estão desabando enquanto o cenário ao fundo gira na vertical. Eu só vi coisa parecida em Zelda Minish Cap, um game de 2004! Prova de que a Konami caprichou na parte gráfica, tirando leite de pedra com o hardware do SNES.


O som é um capítulo à parte. Nunca na minha vida eu tinha visto um game de 16 bits com uma trilha sonora como essa. Nem mesmo os jogos que considero pesos-pesados nesse quesito (a saber: Chrono Trigger e Rock'n Roll Racing) conseguem superar Super Castlevania IV. Ninguem consegue fazer uma lista de melhores músicas de games sem incluir a belíssima Simon's Theme. As outras músicas não ficam atrás, e mesmo o barulho que os inimigos fazem são legais, inclusive o lindamente tosco "grito de morte" de Simon. Pena que esse grito será ouvido muitas vezes, afinal a dificuldade do jogo chega a ser absurda. Eu sei, isso é marca registrada da série, mas o fato dele não dispor de um sistema de saves (ou seja, o "game over" vai mandá-lo diretamente à entrada do castelo) pode irritar profundamente o jogador (nada que o "save state" do emulador não resolva, é claro).


O caçador de vampiros da Konami hoje não anda muito bem das pernas (tirando jogos onde aparece no antigo esquema 2D, pois os 3D geralmente são fracos), mas nesse jogo ele mostra que ainda tem muita lenha pra queimar. Nem preciso dizer que todo mundo que se diz fã de games antigos deve entrar no castelo de Drácula de chicote em punho, desmantelando esqueletos ao som de músicas memoráveis. É uma daquelas coisas que você jamais esquecerá.

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